Não me abuse eternamente...



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O que aconteceu comigo nunca mais vai sair da minha cabeça, viver com isso não é fácil, só quem sofreu pode saber como a dor é intensa.
Sofri abuso sexual desde meus 3 anos de idade até os meus 14. Alguns dias atrás eu teria vergonha em falar nisso, pois vivia com um preconceito sobre mim, com um nojo, que as vezes não me agüentava olhar no espelho. Mas hoje acordei pra vida, agora posso refletir e poder dizer que a única vergonha que tenho que ter, é de ter vivido tudo isso com a minha boca fechada.
Os momentos que vivi foi os piores, cada toque recebido, cada olhar, me machucava, me machuca, e sempre vai machucar... Eu poderia ter mudado isso?
Mudar acredito que não, era tão pequeno, não sabia de nada, mas poderia amenizar um pouquinho essa dor aqui dentro, pois agora tenho 17 uma denuncia a essa altura sei que não ia adiantar nada, se eu soubesse o quanto seria melhor eu contar tudo antes, mas não pensei, fiquei com medo, e hoje fico com esse peso sobre mim...
Mas você que sofre os mesmos problema que eu, que esta cansado(a) de viver com isso, denuncie, não seja vitima do medo.
O medo só piora as coisas, piorou minha vida durante anos, sou mestre pra falar nisso RS...
Não deixem te abusar eternamente, isso te mata e seu assassino fica livre...
Disque denuncia:
Disque 100
Ou acesse o site
Fale com sua família ou dirija-se a delegacia da criança e do adolescente mais perto de você.

APAV recebeu mais de meio milhar de denúncias em 2011



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A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) registou no ano passado mais de meio milhar de crimes sexuais, que incluíam casos de abuso de crianças, histórias de assédio e violações.
De acordo com o relatório hoje divulgado, a APAV recebeu 526 denúncias de crimes sexuais: 281 foram consideradas situações de violência doméstica e as restantes 245 classificadas como crimes contra pessoas.
A associação recebeu 202 denúncias de violações (das quais 108 no âmbito da violência doméstica) e 108 casos de abuso sexual de crianças com menos de 14 anos (48 histórias registaram-se dentro da violência doméstica).
Olhando apenas para os crimes contra pessoas, a associação analisou 36 casos de assédio sexual com a prática de atos sexuais e 31 crimes de importunação sexual. Oito crimes de lenocínio e dois de pornografia de menores surgem ainda na lista de crimes contra pessoas.
Já nos crimes incluídos no item da violência doméstica, surgem outras 48 histórias de abuso sexual de crianças e oito episódios de abuso sexual de menor dependente. A APAV registou ainda 11 casos de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência e 105 de coação sexual.
Segundo a presidente da APAV, Joana Marques Vidal, ainda há muitas vítimas que não apresentam queixa às forças policiais. "O número de denúncias feitas às polícias é muito maior, mas ainda há um conjunto grande de pessoas que não vão à polícia e vêm aqui", sublinhou a presidente, considerando que a "relutância" em recorrer às forças policiais se prende em parte por acreditarem "pouco na intervenção das polícias e dos tribunais".
Existem também casos em que as vítimas "querem o apoio mas não querem que o autor do crime seja punido", principalmente quando existem relações afetivas anteriores ao crime, lembrou a especialista, defendendo a necessidade de estudar aprofundamente estes casos para perceber as razões que levam as vítimas a desistir dos processos crime.
No ano passado, a APAV recebeu cerca de 18 mil crimes, tendo apoiado mais de oito mil vítimas e dado apoio a 11.784 processos. Os números apontam para um aumento da atuação da associação em relação a 2010: os crimes aumentaram 8,8%, os processos de apoio cresceram 5,7% e as vitimas diretas dispararam, passando de 6.932 para 8.693.

Combate ao Abuso Infantil



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O dia 18 de maio é o "Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual Infantil". A data foi escolhida para lembrar um cirme hediondo, que chocou todo o país e terminou impune: o brutal estupro e assassinato da menina Araceli Cabrera Crespo, de 8 anos, morta há mais de 30 anos em Vitória, no Espírito Santo. Os suspeitos do assassinato nunca receberam punição.
Para marcar o dia da luta contra esse crime e também prevenir as famílias,um grande evento será realizado na esplanada dos Ministérios, em Brasília. Mais de mil crianças são esperadas para o evento, que vai ter oficinas artísticas e brincadeiras.
Para os adultos, a programação é bem séria. O SupremoTribunal Federal vai promover um encontro para debater as experiências dos depoimentos de crianças e adoslecentes nos casos de abuso. Também é previsto o lançamento da matriz de um plano nacional de enfrentamento à violência infantil. O tradicional Prêmio Neide Castanha será entregue às pessoas e entidades que contribuíram na defesa dos direitos sexuais de crianças e adolescentes.
Em várias cidades, também haverá eventos para conscientizar a população. No Rio de Janeiro, a prefeitura promove a "Semana de Sensibilização contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes na Cidade do Rio de Janeiro". Na próxima quinta-feira, 19, a Câmara dos Deputados irá discutir experiências de legislação contra castigos corporais, organizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a Embaixada da Suécia, a organização "Save the Children" e a Comissão de Direitos Humanos da Casa. 
Na Bahia, o secretário estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza participa de seminário na sede do Ministério Público, em Nazaré, onde apresenta o plano estadual de enfrentamento à exploração sexual infantil.